Chegou o grande dia! Prova realizada! Agora que
escrevo para vocês, estou deitada na cama com uma bolsa de gelo no joelho,
completamente esgotada e querendo dormir 15 horas seguidas... Mas com uma satisfação que não cabe no
quarto!
É muito bom olhar para o quadro de medalhas e ver
que depois de hoje, tenho um lugar a menos para colocar as minhas.
Quando se é personal trainer, cada desafio
diferente que algum dos loucos dos seus alunos inventam, dá uma vontade danada
de querer fazer parte também. Alguns exemplos são as corridas de rua, provas de
travessias aquáticas, trilhas de bike, caminhada não sei a onde, revezamento de
sei lá o que. Na maioria das vezes, sempre que há possibilidade, o professor (no
caso EU, a professora) acaba indo junto!
Eu nunca gostei de correr, nunca tive o hábito de
subir na esteira e fazer “aquele” treino. Mas durante as provas, pelo clima de
competição, motivada pela companhia dos meus alunos, acabava sendo diferente e
os resultados não eram tão ruins para uma pessoa que não se interessava TANTO
pelos treinos de corrida!
Natação eu sempre gostei! Praticava quando era
criança, mas depois da adolescência alternava muito os períodos: treinava 3,4
meses e parava um ano. Há um bom tempo que não seguia uma rotina de treino.
Existem diversos empecilhos para a prática (ainda mais para uma mulher):
piscina estraga o cabelo, a pele fica ressecada, precisamos de um tempo maior
para poder tomar banho, lavar o cabelo quando sair da piscina. Enfim, para mim,
pedalar sempre acaba sendo o mais fácil, considerando a parte do treinamento.
Já o grande problema é o equipamento, que temos muitas opções de bike no
mercado com diversos preços e particularidades, além do equipamento de
segurança (capacetes, luvas, sapatilhas e etc...)
Eu nunca tinha pensado em praticar triathlon, muito
menos participar e COMPLETAR uma prova! Até que no fim do ano passado, um dos
meus alunos, em busca de um novo desafio, resolveu se inscrever para um Short
Triathlon – 750m de Natação, 20km de bike e 5km de corrida (uma prova mais
curta que as oficiais – Olímpico, meio Iron Man e Iron Man, por exemplo), e eu
entrei na onda dele, e mesmo sem estar treinando para isso, também fiz minha
inscrição.
Hoje fiz minha segunda prova, consegui diminuir 8
minutos da anterior (onde meu único objetivo era passar pela linha de chegada
VIVA! rs). Estou muito feliz comigo, por ter superado mais esse desafio, e por
notar que os treinos realmente fazem a diferença. A alimentação regrada me
ajudou muito e se você quiser ser um atleta, mesmo que amador, os detalhes
também fazem a diferença.
Começando do final, eu resolvi contar para vocês
aqui no Blog minha experiência, dizendo que estou acabada, dolorida e
satisfeita. Mas e o que vem antes? Além de muito treino?
Bom, chegou a semana da prova! Os treinos dão uma
diminuída na intensidade com o objetivo de guardar energia para Domingo. Na
última hora, decidi que precisava de uma roupa de borracha para fazer a natação,
pois a previsão do tempo era de 9°C. Acordei super cedo no sábado, coloquei a
roupa (um tamanho maior que o meu, pois peguei emprestada com um aluno) e fui
fazer um teste na piscina da academia. O treino que era para ser de
recuperação,acabei me empolgando e acabou se tornando MUITO FORTE - 2.000m em
39’ 45’’. Ufa!
Sábado a tarde, hora de pegar o kit no local da
prova (USP)! Aproveito para me familiarizar com o estacionamento, vejo onde
será a largada e assisto o Meeting (palestra realizada pelos organizadores da
competição, onde eles tiram dúvidas do regulamento da prova) e já comecei a
entrar no clima. O problema? Tinha uma festa de aniversário no Sábado a noite!
E agora? Eu precisava descansar, mas não podia faltar. Aproveitei que era um
dia de OFF na dieta e fui pro churrasco. Fiquei triste por que não pude tomar
uma cervejinha (hehe), mas como podia ter uma reserva maior de energia,
descontei nos brigadeiros!
Após a festa, já em casa, foi hora de fazer check
–list da prova!
- Colocar a bike no carro
- Numerar a bike
- Capacete, óculos, touca, sapatilha, óculos de
sol, tênis de corrida.
- Número de peito
- Garrafas de água
- Gel de carboidrato
- Macaquinho
- Roupa de borracha
- Toalha
- Frequencímetro
- Chip
Será que não esqueci de nada? Hora de dormir! Um
dia antes da prova sempre rola aquela ansiedade, mesmo que não esteja
concorrendo a nenhum prêmio, nem a nenhum lugar no pódio, a questão da
superação pessoal acaba dando um frio na barriga.
Acordei 20 minutos antes do relógio despertar, às
05:30am. Enrolei um pouco e decidi levantar para tomar café. Nada muito pesado:
um mamão, uma porção de Nesfit e uma xícara de café.
Aprontei as coisas e rumo ao triathlon! Chegando na
USP, apesar de estar frio, não fazia nada perto de 9°C e o céu estava super
lindo, com cara de que faria um dia maravilhoso. Aquele clima estava demais!
Todo mundo tirando suas bikes do carro, arrumando suas coisas, ninguém de mal
humor por que acordou cedo. Fui fazer o check-in da bike e marcar meu
número nos braços e na perna: 428. Levei todas as coisas para a área de transição,
arrumei a minha caixinha com tudo que ia precisar durante a prova e fui para a
largada, que é feita por categoria. Mulheres, como são um número menor, largam
todas juntas.
Primeira parte da prova: NATAÇÂO – a roupa de
borracha me salvou! – a água estava absurdamente gelada, a ponto de faltar ar
enquanto estava nadando. Mesmo assim, fiz um tempo bom: 17 minutos. Na prova
anterior havia completado o percurso em 23’ (claro que na etapa de Santos estava
tudo fora do planejado, porque chovia e ventava muito e o mar estava
completamente mexido).
Próxima etapa: Bike! Saí da raia correndo rumo a
área de transição (único lugar que uma mulher se troca RÁPIDO! rs): tira touca,
óculos, roupa de borracha. Coloca número de peito, sapatilha, capacete e óculos
de sol e... 20km de ciclismo! A bike acaba sendo a parte mais “fácil” da prova,
apesar que nesse circuito, tinham algumas subidinhas que deixavam as pernas bem
cansadas. 46 minutos! Bike completa!
Volta para a área de transição: tira capacete e
sapatilha, coloca tênis, muda o número de peito para frente e.... 5km de
corrida! Para mim a parte mais sofrida é a corrida, um jogo psicológico pesado
de parar ou não parar, andar um pouco para descansar ou não? NÃO! Estou
trabalhando isso e a cada prova sinto que tem ficado mais fácil, mas mesmo assim,
até chegar o primeiro km e passar o último, ainda sofro um pouquinho. Após 31
minutos. Prova completa!!!!
Pernas cansadas, dor nas costas, duas bolhas no pé
e.... 23/06 to lá de novo para mais uma etapa! Que eu conto para vocês assim
que terminar!
Bárbara Ferreira de Carvalho
Personal Trainner
(11)99739-5262
personalbabi@gmail.com
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